José Luiz de Magalhães Lins

Curiosidades

Blogspot Vale do Cai – Renato Klein

ESCOLHA DE MICHAELSEN PARA MINISTRO
Outubro/2010

 “O gaúcho João Goulart elegeu-se vice-presidente, na eleição de 1960 em que Jânio Quadros foi eleito Presidente da República. Tendo assumido a presidência em 31 de janeiro de 1961, Jânio governou por apenas uns meses, pois renunciou em 25 de agosto do mesmo ano. João Goulart, que estava em visita oficial à China, teve de voltar às pressas e assumir o governo.

Conforme consta do livro Notícias do Planalto, de Mario Sérgio Conti (na página 413) Goulart pediu conselhos a amigos para a escolha de nomes para compor o seu ministério. Um dos que o orientava era o banqueiro José Luiz de  Magalhães Lins, principal diretor do Banco Nacional. Foi ele que sugeriu o nome do caiense Egydio Michaelsen para o cargo de Ministro da Indústria e Comércio.

‘Em 1961, quando Jânio Quadros renunciou, Magalhães Lins participou do movimento pela legalidade e a posse de João Goulart. Jango chegou à presidência e ele o acompanhou em visitas aos donos de jornais cariocas. Depois, foi um dos coordenadores da campanha pela volta do presidencialismo, decidida num plebiscito. Jango convidou Magalhães Lins para uma comemoração no Palácio da Alvorada. O presidente disse ao banqueiro que lhe estavam pedindo para receber Jorge Serpa, mas ele não queria porque lhe haviam dito que o advogado era ligado à Mannesman e poderia ser um agente do imperialismo. Magalhães Lins falou a Jango que Serpa era um cearense sestroso; o presidente gostaria de conhecê-lo. Quinze dias depois, Magalhães Lins recebeu um telefonema de Jorge Serpa. Era meio-dia. O advogado contou que estava na Granja do Torto com o presidente João Goulart. Precisava que Magalhães Lins indicasse, até às três horas da tarde, o nome de um empresário para chefiar o Ministério da Indústria e Comércio.’

Egydio Michaelsen, que ocupava na época papel de destaque no comando do Agrimer (Banco Agrícola Mercantil), era conhecido tanto de Magalhães Lins (por ser banqueiro) como do presidente João Goulart (por ser gaúcho).”