José Luiz de Magalhães Lins

Crônicas e Artigos

Gazeta do Povo – B. Camargo

PARCERIAS POSSÍVEIS
15 de Janeiro de 2014

“O que pode resultar a união (intelectual e financeira) de um banqueiro, um comunista, escritores e um editor? Diante da pergunta de Natureza Morta, até o professor Afronsius patinou, sem falar do Beronha, nosso anti-herói de plantão.

– A difusão de grandes obras da literatura – tratou de responder o solitário, que exibia O Ateneu, de Raul Pompéia.

O livro – de bolso – faz parte da BUP – Biblioteca Universal Popular -, volume 24, Editora Civilização Brasileira, 1963.

A obra e os detalhes

Além da obra, escrita pelo romancista aos 24 anos e publicada inicialmente em 1888, às vésperas da Abolição e da República, na série da BUP a apresentação também é primorosa. Igualmente chama a atenção o comunicado do editor, Ênio Silveira:

– A produção deste livro de qualidade literária e de grande valor cultural ou recreativo, mas de preço acessível a todas as bolsas, foi possível graças à colaboração de José Luiz de Magalhães Lins, um banqueiro a serviço do Brasil e dos interesses nacionais.

José Luiz Magalhães Lins (Banco Nacional de Minas Gerais) não se limitava a livros. Sobre ele, por exemplo, afirmou Glauber Rocha:

– O exemplo do sr. José Luiz Magalhães Lins é de extraordinária importância neste momento que vive o cinema brasileiro, o mais fértil de sua história, o mais definido pela qualidade cada vez maior de seus filmes.

Um banqueiro diferente

Alguns pensamentos de Magalhães Lins:

– Se na caverna houvesse água e comida, o homem ainda estaria lá.

– Quando passa a carruagem, você pensa no cocheiro ou no passageiro?

– No regime capitalista, mais importante do que um bom emprego é uma boa poupança”