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“Foi graças a esse dinheiro que o Mário quitou o primeiro apartamento dele, na rua Prudente de Moraes. Esse episódio tem uma outra história engraçada, que foi o pedido do pai do Mario para que ele procurasse o banqueiro José Luiz Magalhães Lins para ajudá-lo a tratar do assunto. Quando perguntou o motivo do pedido, o pai lhe disse: – Meu filho, você sabe que eu leio o Nelson Rodrigues todos os dias. E o Nelson Rodrigues fala muito nesse José Luiz Magalhães Lins. Como ele é mineiro, deve ser muito discreto. Peça o conselho dele sobre a melhor forma de encaminharmos essa questão financeira.
Mário ligou para o José Luiz e disse que precisava falar com ele um assunto de suprema discrição. Marcaram o encontro e tudo foi acertado como queria seu pai. E o que é mais prosaico é que o José Luiz foi partícipe só pelo fato de ser citado na coluna do Nelson Rodrigues. Foi só por isso, que ele se tornou o intermediário do pagamento do bilhete. O José Luiz já era um banqueiro nacional extremamente popular, mas o pai do Mario se encantou com ele somente devido à coluna do Nelson Rodrigues. “
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“…. Em Nova Iorque, sempre almoçávamos com o Elio Gaspari e o Paulo Francis. O José Luiz, que pagou o bilhete de loteria, também era nosso companheiro constante.”