“Quando ele saiu o Banco começou a morrer”
Página 33
“ … Esta não era minha praia, eu gostava de estar ligado ao José Luiz e aos Magalhães Pinto..”
Página 52
“… Muito aprendi ao entrar no banco, para trabalhar diretamente com o carismático José Luiz de Magalhães Lins, o renovador do sistema bancário nacional e precursor do apoio à cultura. José Luiz financiou o Cinema Novo e instituiu as primeiras vendas de quadros financiadas.”
“… O Nacional começou a morrer no início dos anos 1970 com a saída do José Luiz. Os Magalhães não tinham a grandeza e liderança do pai nem o dinamismo do primo. Teriam hoje um dos maiores bancos do Brasil, se tivessem dado o espaço acionário que o José Luiz queria.”
Página 118
“…Acabei perdendo o emprego ao faltar dois dias para comparecer a uma passeata em São Paulo. Mas, meses depois, logo após o 31 de março, voltei à instituição e na qualidade de assessor direto de José Luiz de Magalhães Lins, primo de meu amigo Manduca Lins, que já havia me arranjado o emprego anterior.”
“… Foi meu grande aprendizado, a começar por lidar diretamente com esta figura carismática, criativa e hábil que era o JL…”
Página 119
“ Foi ali, na antessala de José Luiz, que conheci todo o Cinema Novo, o mundo editorial, intelectuais, artistas e os jogadores campeões do mundo que ele orientava na aplicação de investimentos…”
“…JL era um homem super informado e mantinha contato diário com Roberto Marinho, Nascimento Brito e Chagas Freitas, donos dos maiores jornais do Rio…”
“…O casal Nininha e José Luiz tiveram filhos encantadores, primorosos na educação, sendo José Antonio, o mais velho, um sucessor fiel nas qualidades de agregador e carismático.’
“Os contatos interessantes foram muitos. Como minha sala se comunicava com a de JL, eu recebia pessoalmente, para ele não perder muito tempo…”
Página 120
“ Foi ali que nas minhas conversas com os editores de livros e cineastas, que viviam fazendo juras de gratidão ao JL, e eu tinha o sonho dele entrar na política, sugeri que os filmes e os livros financiados pelo banco constasse a frase: Este filme foi feito graças ao apoio de José Luiz de Magalhães Lins, diretor do Banco Nacional de Minas Gerais, e nos livros a mesma coisa. Realmente ele foi o mais popular banqueiro do Brasil. Inclusive pelo apoio aos jogadores de futebol que na época não eram milionários, mas começavam a ganhar bem.”
Páginas 122/123
“…Sofri muito. Quando José Luiz soube que eu não tinha carro, mandou o banco me financiar a juros especiais um fusca da frota do banco, que era renovada sempre. Os invejosos mais graduados do que eu, ponderaram que, assim, teriam de fazer com todos etc. e tal. Para eu ter meu fusca, o próprio JL obteve o empréstimo para mim, com baixo custo, no Banco de Crédito Real de Minas Gerais, com o Joel Paiva Cortes, pai de minha amiga Denise. Nesta ocasião, eu quis interpelar o chefe da derrubada, mas fui contido pelo Joaquim Calcado, um assessor mais antigo do José Luiz…”
Página 241
“…O Verde, como é conhecido, foi muito amigo do Afraninho Nabuco, cunhado do Zé Luiz e talvez por osmose assimilou a grande qualidade de solicitude.”
Página 262
“…Numa das viagens fomos convidados por Nininha Magalhães Lins e filhos, que estavam para um jogo de polo do José Antonio, para um jantar no Clark’s, na Recoleta. Com a classe que a marca, disse que éramos todos convidados do José Luiz, que estava no Rio, na Rua Icatu. Classe é classe.”
Página 286
(Lições da vida – da política e da economia ouvidas ao longo da vida)
DO JOSÉ LUIZ DE MAGALHÃES LINS
Tomar cuidado ao negar para não ofender. Se a ficha for suja, mostre a ele e diga que nem vai me mostrar… Se for alguém que se deva atender, em face da ficha, sugira um parente com bens como pais ou sogros. Se não levar, não vai ficar com raiva.