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“Em 1964, por sugestão de seu sobrinho José Luiz de Magalhães Lins, exatamente em fevereiro de 1964, lá fui eu para Belo Horizonte; ou melhor: para o Palácio da Liberdade. Foram doze dias divididos entre ouvir e suspeitar. Falei pouco e, no pouco que falei, não fui entendido…”
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“Derrubado o governo constitucional (eu me dava ao luxo de ser rigorosamente contra toda e qualquer ruptura da legalidade), no dia 9 de abril de 1964 tomei conhecimento do Ato Institucional sem número, no gabinete de José Luiz de Magalhães Lins. Lembro-me de ter visto sem espelho a minha palidez; fiquei lívido. Palavra de honra que tive ganas de morrer. Abominei este Ato desde o primeiro olhar que sobre ele pus. José Luiz tem boa memória e sabe disto…”