José Luiz de Magalhães Lins

Trechos de Livros

O Rio É Tão Longe

Cartas a Fernando Sabino

Otto Lara Resende

Página 198

“… Mas voltando ao meu dia: fui à Crashley (e você frequentando aquela livraria fabulosa, como se chama/), o último (+ recente) suplemento do Times que havia era de 30 de janeiro! Fui ao Banco Nacional, mas foi meio feriado – o Zé Luís ***** não estava…”

 

 

 

*****José Luís de Magalhães Lins, banqueiro que ganhou fama de mecenas, conhecido pela prodigalidade com que emprestava dinheiro a escritores e artistas.

 

Página 209

“… Mas não fui, fomos com o Cláudio, ver Oito e meio  no palácio Guanabara – e foi a 2ª vez que vi,  porque já tinha visto com o Zé Luís. Você viu aí?”

Página 215

“… Além do Zé Luís, que este vem ou telefona todo dia.  Aliás, ele ficou de me mandar agorinha mesmo o catálogo do leilão de arte a prazo da Petite Galerie, para o qual escrevi uma espécie de crônica-introdução.”

Página 219

“… O Afonsinho ficou de vir, ameaçou, mas ainda não veio. Escreveu ao Zé Luís pedindo atenção para o Jatir…”

Página 220

“… Fomos a Bhte, para a reunião semestral do Banco Nacional.  Eu, como sempre, representando a promissória, ou os pobres.  Fiquei no Hotel Normandy, gostei muito. Com o Zé Luís, convidante, e o Armando.”

Página 221

“…Para não perder o hábito, me queixo com você, você, tão longe, não vai se irritar por tão pouco. Zé Luís está querendo fazer uma editora comigo, mas eu, de pena dos concorrentes, afrouxei o corpo.!

“…Você veja: o Zé Luís instituiu um Prêmio Nacional Walmap, 2 milhões de cruzeiros para o melhor romance deste ano. Escreva, concorra e ganhe.” 

“…Interrompi aqui, era o Zé Luís para saber se recebi o tal catálogo da Petite Galerie. E o Cláudio bobão está lendo aqui por cima do ombro…”

Página 222

“… Zé Luís acaba de me dizer (de novo) que te escreveu hoje um cartão agradecendo o canivete, que ele me mostrou. Não vi foi o canivete do Araújo Castro, teve também?”

Página 223

“…  O Tony me emprestou o avião dele para ir a Curitiba visitar minha irmã. Mas a mania dele é jogar sinuca. Braguinha e eu contra o Tony e o Didu,, ou o Zé Luís, este é um craque.”

Página 224

“… Fiquei apavorado, Fernando, e o resto eu te conto pessoalmente aí mesmo, porque vou à Europa em setembro, para me hospedar no apartamento do Zé Nabuco em Paris, com a Nininha e o Zé Luís.”

Página 229

“…Amilcar vai fazer uma exposição de esculturas, qdo Deus for servido. Estou vendo $ com Zé Luís e galeria etc.”

Página 230

“… Tudo isso, e muito mais, é trabalho que emana de minha relação com o Zé Luís, a quem você escreveu uma carta deliciosa. Li. Parece que a editora dele vai sair.”

Página 231

“… Minha lista de obrigações cotidianas continua imensa – e crescendo. Só o Zé Luís (ou para ele)  tenho sempre uma fieira de compromissos. Mas vou parar. Vou me operar.”

Página 233

“…Zé Luís me soprou qualquer coisa, mas já espalhou que não aceito nada. Mas o ZL não tem nada com essa história.”

Página 238

“… A oficialização da justiça quase derruba o nosso romancista, só você vendo o que foi e o que tem sido esta batalha, pior que a enchente. A casa do Zé Luís sofreu uma devastação, revelou-se tão ameaçada quanto um barraco de favela, o que botou o nosso JL alucinado, movimentadíssimo.”

Página 246

“…Mas então fui no Karmann Ghia do Marcos e lá nos pusemos a falar, acabei falando sozinho pelos cotovelos, desarticulei as idéias todas dos meninos, posei de homem prático, prometi com a maior leviandade o apoio financeiro do Zé Luís, de todos os mecenas do Brasil.”

Página 249

“… O PCM me telefonou agora, vamos ao Zé Luís hoje à tarde pra ver se ele afinal compra o apartamento que a Joaninha adora, ou não. Muito caro: 45 milhões e é um ovinho.”

Página 251

“… Anteontem, com o Zé Luís e o Sérgio Lacerda vi  O Silêncio do Bergman, sem censura, aquelas indecências todas…”

Página 253

“…Aliás, fui juiz do Prêmio Nacional Walmap, de romance, criação do Zé Luís, você sabe, o Magalhães Jr., o Adonias e eu.”

Página 286

“… Saí de Lisboa sem programa, de carro, com o J. Luís e o Armando, até Paris, onde a crise cresceu tanto que nos refugiamos, vindos também de carro, em Bruxelas.”

Página 292

“…O Zé Luís misteriosamente me diz que devo ir para Londres, a Vera PJ passou aqui e me contou que é chato, mais chato do que aqui não pode ser, mas ser adido é…”

Página 304

“…Então, FS, veja isso para mim e mande dizer. O Zé Luís está num silêncio que desisti de provocar. Os boatos chegam aqui deformantes, a gente não tem com quem conferir, o melhor é não pensar.”

Página 309

“… Ontem, pela Karla, mandei uma cartinha ao Zé Luís, pedindo-lhe socorro e luzes, mas ele anda nuam moita total, acho que nem escreve carta mais.”

Página 325

“… Não prometo, estou confuso, Zé Luís me telefonou e pediu pra aguardar, que acha que vem cá e depois quer me levar à  Grécia ou … aos Estados Unidos, que tal? Você aguenta aí , que a gente acaba aparecendo.”

Página 336

“… estou PERMANENTEMENTE pensando em lhe escrever, believe it or not, não consegui falar-lhe em Londres.  Zé Luís sugeriu um telegrama, mas eu tinha deixado o endereço no hotel.”

Página 339

“…Me lembrei agora da história da Baguinho… Fui levar o Antonio Carlos à casa da Teresinha e do Hildegardo Noronha.  Não sei se você já soube que o Zé Luís ficou alucinado com a história, rolava de rir, e toda hora me pedia pra recontar, não se falou noutra coisa.”

Página 340

“…Quanto mais eu advertia o Armando e o Zé Luís sobre isto, mais os dois se escangalhavam de rir. Que história infernal!”