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“… Em 1963, Jango, apesar de tudo, conseguiu romper a camisa-de-força que a oposição o obrigara a vestir e, através de um plebiscito nacional, obteve a volta do presidencialismo.
O curioso nessa campanha janguista para derrotar o parlamentarismo foi a participação direta do banqueiro José Luiz de Magalhães Lins na organização de seu programa de conquista da imprensa. José Luiz, sobrinho de Magalhães Pinto e nessa época diretor do Banco Nacional, noivo de Nininha de Mello Franco Nabuco, herdeira das mais aristocráticas famílias de Minas Gerais e de Pernambuco. José Luiz, o homem que emprestava dinheiro pela cara do cliente, era uma espécie de personagem do momento, com imensa influência sobre artistas, intelectuais, jornalistas e empresários.” “…Pode-se dizer que ele foi o grande planejador da campanha que devolveu a Jango seus poderes presidencialistas. Mais uma contradição da História do Brasil.”