“Empréstimo sem garantia e prazo para pagar”
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“ Amigos do casal contam também que, quando já não viviam como marido e mulher, Stella avançara o sinal do flerte com um dos amigos de seu filho mais velho, Roberto Irineu. Sobre isso, o banqueiro José Luiz de Magalhães Lins, que privou da intimidade dos Marinho, foi categórico na entrevista que concedeu a Leonencio Nossa: “Tem um problema ali complicadíssimo com a Stella, mulher [por quem] ele era apaixonado. A mulher, você sabe, que o traiu com o maior amigo do filho. Você imagine o que é isso, um negócio meio grego”.
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“… Poucas horas antes de o prazo fatal expirar, antes de tudo ir para o bueiro, pediu socorro a outro amigo, José Luiz de Magalhães Lins, que, na época, era um dos mais altos executivos do Banco Nacional. Magalhaes Lins o atendeu de pronto e liquidou a dívida no City. Fez mais: não impôs nenhum prazo draconiano, o que deixou Roberto Marinho mais aliviado. Ele que pagasse quando pudesse. Com o novo empréstimo – que, de fato, demoraria anos para ser quitado – , o jornalista que não gostava de se declarar empresário manteve seu patrimônio e continuou à frente de seu império.
Em 2016, o próprio José Luiz de Magalhães Lins contou, em seu site pessoal, como procedera. Com a grande autonomia que gozava no Banco Nacional, juntou o montante a toque de caixa e, em questão de horas, o débito no City virou coisa do passado. Magalhães Lins também confirmou a existência de um banqueiro traidor, cuja identidade não abriu, mas deu pistas. “O ‘banqueiro traidor’ não foi nem Amador Aguiar [que era dono O Bradesco], nem o Jorge Paulo Lemann [que se tornou dono da Corretora de Valores Garantia exatamente em 1971]”.
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“A impressão do banqueiro, amigão e mecenas do Cinema Novo José Luiz de Magalhães Lins, que conheceu de perto o temperamento e o estilo de Roberto Marinho e o salvou da bancarrota nos estertores do acordo com a Time-Life em 1971, vai na mesma linha. “Ele não era um homem de negócios. Era um homem de empresas. É a grande distinção”.
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NOTAS
- ENTRE UM FUSCA E UM IATE
- “Naquele ano, lutamos muito para sobreviver. O Dr. Roberto, Walter e eu fomos falar com José Luiz de Magalhães Lins porque precisávamos de 400 milhões de cruzeiros para continuar operando. José Luiz nos emprestou o dinheiro, que só quitamos anos mais tarde. (…) foi José Luiz quem nos salvou” (Joe Wallach, Meu capítulo na TV Globo, Rio de Janeiro, Topbooks, 2003, p. 107)
6. José Luiz de Magalhães Lins, “Empréstimo para TV Globo”. José Luiz de Magalhães Lins Acervo Digital, [s.d.] Disponível em https://joseluizdemagalhaeslins.com.br/emprestimo-para-a-tv-globo/. Acesso em: 16 jun.2021.