“Nessa altura, vieram se somar ao jornalismo duas atividades marcantes: No Banco Nacional e no Conselho Diretor da Associação Comercial do Rio. Muito aprendi ao entrar no banco para trabalhar diretamente com o carismático José Luiz de Magalhães Lins. O renovador do sistema bancário nacional e precursor do mecenato.” 

“… Mas, meses depois, logo após o 31 de março, voltei à instituição e na qualidade de assessor direto de José Luiz de Magalhães Lins, que já havia me arranjado o emprego anterior. Acho que, desta feita, o banco tinha algum interesse em ter alguém que participara da revolução, para atender à nova turma no poder…”

“Foi meu grande aprendizado, a começar por lidar diretamente com esta figura carismática, criativa, hábil que era o JL…”

“Foi ali, na antessala de José Luiz, que conheci todo o Cinema Novo, o mundo editorial, intelectuais, artistas, os jogadores campeões do mundo que ele orientava na aplicação de investimentos. E pude testemunhar a revolução no sistema bancário promovido pelo Nacional, que lançou o cheque personalizado, o cheque especial, a carteira de crédito pessoal e a política de publicidade de vanguarda, inclusive patrocinando o Jornal Nacional, logo que a TV Globo foi criada. JL era um homem superinformado e mantinha contato diário com Roberto Marinho, Nascimento Brito e Chagas Freitas, donos dos maiores jornais do Rio.”

“… Quando o José Luiz soube que eu não tinha carro, mandou o Banco me financiar um Fusca. Os invejosos, mais graduados do que eu, ponderaram que assim teriam de fazer com todos etc. e tal. E para eu ter meu Fusca o próprio JL obteve o empréstimo para mim no Banco Crédito Real de Minas Gerais com o Joel Paiva Cortes, pai de minha amiga Denise. Nesta Ocasião eu quis interpelar o chefe da derrubada, mas fui contido pelo Joaquim Calcado, um assessor mais antigo do José Luiz e que…”

“…que foram notáveis como políticos e como empresários. Magalhães Pinto, que se projetou na vida pública como presidente da Associação Comercial de Minas, banqueiro, modernizador, com seu sobrinho José Luiz…”

“Comecei minha vida no antigo Banco Nacional, fruto da visão e liderança de José de Magalhães Pinto, que cresceu com o talento do sobrinho José Luiz de Magalhães Lins, o trabalho dos filhos e uma equipe dedicada e correta formada na própria instituição. Quando uma divisão entre os herdeiros e o primo que era seu principal executivo saiu com parte da equipe, ocorreu a busca pro profissionais no mercado.”